Introdução a História em Quadrinhos (HQ)
Banda desenhada, BD ou história em quadrinhos HQ é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais. Também é conhecida por arte seqüencial.
Na década de 1930, essas tiras e dominicais começaram a ser colacionadas em revistas, dando origem aos primeiros "comic books". Esses primeiros "gibis" tiveram grande sucesso, e logo o material disponível não era suficiente. Surgiram então os estúdios especializados na produção de histórias produzidas especificamente para a página de revistas. A liberdade de usar a página (livre das restrições da "tira") permitiu aos quadrinistas um salto criativo. Além disso, a partir dos anos '30, as revistas em quadrinhos se multiplicaram: eram muito baratas e vendiam muito bem no clima de devastação econômica criado pela quebra da Bolsa de Nova York, em 1929.
Em 1938, com a publicação e o estrondoso sucesso da primeira história do Superman, surgiu o gênero dos super-heróis, que se tornaria o paradigma dos quadrinhos norte-americanos. Em torno desses heróis mascarados, a partir da década de 1940, desenvolveu-se uma verdadeira indústria do entretenimento.
Na década de 1950, a popularidade e a variedade das revistas em quadrinhos norte-americanas eram enormes. Fazia muito sucesso, além dos super-heróis, revistas de guerra e terror. Considerados excessivamente violentos e uma influência perniciosa para a "juventude", os quadradinhos passaram a sofrer fortes pressões governamentais.
Hoje, os quadrinhos são publicados em mídia impressa e eletrônica e agregam ao seu redor um universo de criações que são adaptadas aos jogos, às artes plásticas e a produtos como brinquedos, coleções de roupas, etc.
Quadrinhos Retro
O gênero que é conhecido como Quadrinhos Retrô teve a sua origem ao longo da década de 1990 como um segmento das publicações com super-heróis no mercado norte-americano, apresentadas como edições especiais ou minisséries. Publicadas neste formato, as histórias deste tipo sempre era uma forma de interpretação mais livre dos personagens, independente das linhas editoriais estabelecidas para suas revistas principais, aquelas que realmente tinham a pretensão de ter grandes vendas. Justamente por possibilitar uma visão diferente a respeito de heróis que há muito tempo estão em circulação, as histórias em quadrinhos retrô se ofereceram como contrapalavra às convenções do gênero de super-heróis que vigoravam desde o final da década de 1980.
Os quadrinhos retro propuseram um retorno de diversos elementos que seus autores consideravam perdidos. Junto com esses elementos estéticos, o discurso dos autores de quadrinhos retrô resgatava a memória do trabalho de grandes autores das décadas de 40, 50 e 60, os períodos que a mídia especializada e os fãs chamam de Era de Ouro e Era de Prata dos quadrinhos.
Um autor muito importante para a consolidação dos quadrinhos retrô na preferência dos leitores e da crítica especializada é o do ilustrador Alex Ross. Ele ganhou notoriedade a partir de 1994 por seu estilo hiper-realista de pintar super-heróis usando tinta óleo. Além disso, ele também colabora com os roteiros das obras em que trabalha e foi responsável por boa parte dos enredos das duas principais obras do início dos quadrinhos retrô. Em Marvels, de 1994, ele e o escritor Kurt Busiek apresentaram o olhar de um homem normal sobre a história dos acontecimentos narrados nas revistas da editora Marvel Comics. O fotógrafo Phil Sheldon vivencia e registra os grandes momentos do Universo Marvel e compõe assim um memorial em homenagem a estes momentos e, conseqüentemente, a seus autores.
Dessa forma, ficou claro que os quadrinhos retrô não se limitariam a recontar histórias no estilo que era usado trinta ou quarenta anos atrás, mas escolheria no interior desta esfera de enunciados, valores estéticos que viriam a ser resignificados de acordo interesses do momento presente. Uma das principais características do gênero, além da inspiração do passado, são as cores fortes e chapadas, e o uso de ângulos.
Quadrinhos New Retro
Esse estilo de desenho que é baseado no estilo retro, dominou as séries animadas a partir do ano 2000. O estilo destaca o contorno forte e contínuo e quebra a perspectiva. Tudo consiste em desenhar pescocinhos que não comportem o tamanho exagerado das cabeçonas. Já que é fácil de desenhar, fica cômodo pra produtores de séries animadas preguiçosos, além do baixo custo de produção. Mas mesmo assim, foi possível pra fazer verdadeiras obras de artes. Exemplos desse estilo são: Bob Esponja, Laboratório de Dexter, Padrinhos Mágicos, As Aventuras de Billy e Mandy e Meninas Super Poderosas.
É vagamente baseado em programas animadaos de TV no final dos anos 1950 e 1960. Retro também é baseado em tipos de caracteres influenciados pela popular sitcoms, família do início e meados dos anos 60, quando tudo parecia agradável na superfície: brownies e leite, as mães na cozinha, e pais que nunca gritaram. No entanto, havia sempre à espreita um sentido de que essas famílias eram boas demais para ser verdadeiras e foram reprimir algumas verdadeiras personalidades e comportamentos bizarros. O estilo retro é, de fato, o mais legal estilo de cartooning. E até mesmo os mais heróicos personagens de quadrinhos e livros ruins, foram redesenhados por editores e em estúdios modernos em versões retrô. Retro é mais do que apenas o estilo, significa também diversão. É uma coisa realmente maluca. Os personagens são peculiares, alegres, e apenas um pouco distorcidos.
Referencias Bibliográficas:
http://popbaloes.com/mats/quadrinhosretro.html
http://ebooksgratis.com.br/livros-ebooks-gratis/didaticos-cursos-e-apostilas/desenho-cartoon-cool-como-desenhar-personagens-estilo-new-retro-christopher-hart/
http://quadrinistabrasileiro.blogspot.com/2011/01/quadrinhos-brasileiros-10-retro-city.html
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